Cetesb suspende licença de operação da Vale Fertilizantes após sinistro

Decisão é válida para a área afetada e onde é operado o nitrato de amônio, atingido pelo fogo

JOSÉ CLAUDIO PIMENTEL
06/01/2017 – 15:45 – Atualizado em 06/01/2017 – 19:17

A Companhia Ambiental do Estado De São Paulo (Cetesb) decidiu, na tarde desta sexta-feira (6), suspender a licença de operação de parte da unidade da Vale Fertilizantes, em Cubatão. A retomada das atividades somente será autorizada e um novo documento emitido quando a área for totalmente reconstruída e oferecer segurança para funcionar.

 A Cetesb informou que a suspensão é válida para as estruturas que movimentem nitrato de amônio (NH4NO3), substância atingida pelo incêndio de quinta-feira (5). As unidades não afetadas pelo sinistro estão autorizadas a retomar operação após revisão de segurança interna da própria empresa, ainda de acordo com o órgão ambiental paulista.
Segundo a Cetesb, o galpão de nitrato de amônio que incendiou tem capacidade para armazenar até 35 mil toneladas do produto. No momento do incêndio havia, aproximadamente, 10 mil toneladas da substância que foram consumidas pelo fogo durante cinco horas.  Os bombeiros anunciaram o controle do sinistro após as 20 horas.
De acordo com as autoridades, o incêndio iniciou em uma das correias que alimentam o armazém, onde estava o nitrato, que é matéria-prima para a produção de fertilizantes. A brigada da empresa foi mobilizada, mas não conseguiu contê-lo. A partir daí, os bombeiros acionaram o Plano de Auxílio Mútuo (PAM) e 35 equipes de emergência atenderam à ocorrência.

O sinistro gerou fumaça tóxica que pode ser vista de diversas cidades da Baixada Santista. Além disso, a água do combate às chamas atingiu um afluente do Rio Mogi, que desde a noite de quinta é monitorado para verificar a toxicidade. Dois bombeiros precisaram de atendimento médico após inalar fumaça, e 150 famílias foram retiradas de suas casas.

 A Companhia Ambiental informou que multou a Vale Fertilizantes em R$ 70 mil em janeiro de 2015 na unidade 3 por emissão de SO2 (dióxido de enxofre); em R$ 250 mil em setembro de 2016 na unidade 1 por lançamento de efluente contaminado com amoníaco. Neste ocorrência, na unidade 2, a Cetesb ainda avalia as punições cabíveis ao fato.
A Vale Fertilizantes foi procurada, mas até a publicação desta reportagem não se pronunciou sobre a suspensão da licença. Em nota oficial, a empresa informou anteriormente que está trabalhando com as autoridades para apurar o que ocorreu, minimizar os impactos ao Polo Industrial, às cidades e, também, ao meio ambiente.

Fonte: A Tribuna



Deixe um comentário

Demos

Color Skin

Header Style

Nav Mode

Layout

Wide
Boxed